Um dia depois de Gabriel Boric, de esquerda, vencer a eleição presidencial no Chile, o presidente Jair Bolsonaro ainda não o cumprimentou pela vitória. Na América do Sul, a maioria dos líderes já felicitou o presidente eleito, que superou seu rival José Antonio Kast, de extrema direita, com 55,9% dos votos.
Durante todo o seu mandato, o presidente Bolsonaro tem demonstrado dificuldades em aceitar derrotas de aliados, como foi o caso de Kast. Nas eleições dos Estados Unidos, Bolsonaro demorou 38 dias para cumprimentar o atual presidente, Joe Biden, pela vitória sobre Donald Trump. Em outubro de 2019, Bolsonaro lamentou a vitória de Alberto Fernández na Argentina e disse que não iria cumprimentar o novo líder do país vizinho
Nas eleições chilenas, o candidato José Antonio Kast, de extrema direita, admitiu sua proximidade com o ideário de Bolsonaro no Brasil. Por outro lado, apoiadores de Boric usaram imagens do presidente brasileiro para criticar Kast. Em uma publicação, dizem que Bolsonaro, assim como Kast, também prometia salvar o Brasil do comunismo e sinalizava para um futuro melhor, mas governou um país onde 617 mil pessoas morreram de Covid-19 e que enfrenta problemas na economia.
Ao contrário de Bolsonaro, presidentes de nações vizinhas felicitaram Gabriel Boric pela vitória. Presidente da Argentina, Alberto Fernández afirmou que os países devem assumir o compromisso de fortalecer os laços de irmandade que os unem. De direita, o presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou, também cumprimentou o vencedor das eleições chilenas. Outros presidentes da região, como Nicolás Maduro, da Venezuela, Luis Arce, da Bolívia, e Mario Abdo Benítez, do Paraguai também felicitaram Boric pela vitória. O ex-presidente Lula, que lidera as pesquisas de intenção de voto para as eleições de 2022, enviou uma mensagem de felicitação para o candidato de esquerda.
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