O primeiro-ministro do Peru, Héctor Valer, entregou sua renúncia ao presidente Pedro Castillo, apenas três dias após uma renovação da equipe de governo. Valer, um parlamentar conservador, deixou o cargo em meio a uma onda de críticas sobre as alegações de que ele espancou sua filha e sua falecida esposa, segundo relatórios policiais divulgados por vários meios de comunicação locais, algo que ele negou. “Aceito a derrota, metralhado por jornais do Peru que pertencem a um grupo ligado à extrema direita do Peru que construiu uma imagem de agressor e violento”, disse Valer a jornalistas neste sábado (5).
Com sua renúncia, Valer se tornou um dos primeiros-ministros mais curtos das últimas quatro décadas no país. O presidente Castillo, em uma mensagem à nação na sexta-feira, anunciou a recomposição de seu terceiro gabinete pouco mais de seis meses após assumir mandato, mas não mencionou quando seriam divulgados os nomes dos novos ministros. O próximo gabinete nomeado pelo presidente será o quarto em seus seis meses de mandato.
Partidos de oposição, grupos de direitos humanos, feministas, grupos indígenas e até o próprio partido no poder pediram a saída de Valer e de alguns membros do gabinete, como do ministro do Meio Ambiente Wilber Supo, professor de geografia sem experiência em questões ambientais. Advogado e parlamentar de 62 anos, Valer se viu no olho do furacão depois que vários meios de comunicação de Lima publicaram na quinta-feira que sua esposa e filha universitária o denunciaram em 2016 por suposta violência familiar. O político reagiu negando ser um “abusador”, frisando que nunca foi condenado por violência familiar. (As informações são do g1)
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