O diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, participou nesta quarta-feira, 16, de uma audiência no Senado Federal e reforçou que a Agência não teve qualquer tipo de participação na nota técnica publicada pelo Ministério da Saúde, do final de janeiro, colocando em dúvida a efetividade das vacinas contra a Covid-19. Barra Torres ainda teve que responder sobre notícias falsas que circulam sobre efeitos adversos e que falam até em morte de crianças por conta da imunização. Ele foi enfático ao afirmar que não há morte registrada no mundo todo por conta da aplicação da vacina contra o coronavírus em crianças.
Barra Torres ainda destacou o baixo percentual de vacinação no Brasil, fruto de campanhas antivacinas. Segundo ele, o percentual de vacinação de crianças entre 5 e 11 anos de idade é de aproximadamente 16% no Brasil, contra 66% no Chile, 76% na Argentina e 31% nos Estados Unidos. O presidente da Anvisa também lamentou a situação inédita que os servidores da Anvisa passam, de recebimento de ameaças pela aprovação de vacinas. Ele contou que, até esta segunda-feira, o órgão recebeu 458 ameaças ou críticas à aprovação da aplicação de vacinas em crianças. Barra Torres explicou que as ameaças vêm sendo encaminhadas periodicamente pela Anvisa à Polícia Federal e outros órgãos.
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