O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) anunciou nesta terça-feira (22) que desistiu da pré-candidatura a governador do Amapá e aceitou convite para integrar o núcleo da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva , pré-candidato a presidente da República pelo PT. Segundo a assessoria do senador, que foi vice-presidente da CPI da Covid, Randolfe Rodrigues será um dos coordenadores da campanha de Lula. O convite foi feito em 21 de janeiro, quando o ex-presidente se reuniu com o senador em São Paulo.
Em vídeo gravado após o encontro, Lula disse que o senador seria uma “peça muito importante” na campanha e afirmou precisar do senador para “ganhar as eleições”. “Eu estava dizendo para o Randolfe que o meu problema é que eu preciso dele para ganhar as eleições. E preciso dele para ajudar a governar o Brasil e preciso dele na campanha. E, aí no Amapá, eu espero a compreensão das pessoas”, disse Lula.
No núcleo da campanha de Lula, o senador deve atuar na construção do programa de governo e na articulação política. Na última semana, Randolfe Rodrigues participou do lançamento de um manifesto pela eleição do petista em primeiro turno.
Em pronunciamento no plenário do Senado nesta terça, o senador afirmou que será “muito mais útil” aos eleitores do Amapá e do Brasil auxiliando Lula na campanha.
“Há um mês, recebi o convite do presidente Lula para auxiliá-lo na coordenação de sua campanha e acompanhá-lo na mais importante tarefa de nosso tempo: resgatar o nosso país do horror em que vive. Reconstruir não somente nossa nação destruída pelo ódio, mas, sobretudo, recuperar as relações de uma sociedade desesperançada”, disse.
“Afirmo que meu papel será muito mais útil nessa contenda em ajudar a construir um novo tempo para o Brasil, aceitando um convite honroso e gentilmente me formulado pelo presidente Lula neste momento”, acrescentou.
Apontado por integrantes da Rede como o nome ideal para disputar o governo do Amapá neste ano, Randolfe Rodrigues abandonará a corrida. O senador indicou o nome do pastor Lucas Abrahão para assumir a condição de pré-candidato. “Oferecemos o nome e a juventude de um companheiro de jornada, Lucas Abrahão, para me substituir na candidatura ao governo pelos partidos populares”, afirmou. “Assumo uma nova etapa de minhas tarefas na vida, com ânimo e enorme esperança. Nossa tarefa é a reconstrução”, acrescentou. Em uma rede social, Abrahão comentou o discurso de Randolfe: “Após anúncio do Senador Randolfe Rodrigues na tribuna do Senado e indicação de meu nome pelo partido Rede, aceito com honra e responsabilidade o desafio de ser pré-candidato ao Governo do Estado do Amapá, pedindo a Deus que conduza os nossos caminhos”.
Apoio da Rede – O senador deve trabalhar na articulação até mesmo dentro da própria legenda. A decisão de apoiar Lula contraria o posicionamento oficial da Rede. O partido fundado pela ex-senadora e ex-ministra Marina Silva ainda não anunciou como vai se posicionar nas eleições de 2022 — está dividido entre Lula e Ciro Gomes (PDT). Segundo o blog da jornalista Julia Duailibi, Marina Silva é vista como a “vice dos sonhos” de Ciro. Tentando sobreviver à cláusula de barreira (medida que condiciona o acesso dos partidos aos recursos do fundo partidário e tempo de rádio e de televisão ao atingimento de metas de votos), a Rede negocia uma federação com o PSOL. A regra da federação permite que dois ou mais partidos se associem para atuar de forma unitária, mas exige que as legendas permaneçam unidas — como se fossem um único partido — por pelo menos quatro anos. (fonte:g1.globo.com)
Deixe um comentário