O Brasil vive um cenário de aumento de casos e pessoas com sintomas da covid-19, após o relaxamento de algumas medidas sanitárias, como a obrigatoriedade do uso de máscaras. Com a alta da doença, uma questão importante que vem sendo estudada e discutida é quanto tempo o vírus pode ficar no corpo. Segundo o infectologista Alexandre Vargas Schwarzbold, o tempo de permanência do Sars-CoV 2 na via respiratória para a ômicron e suas subvariantes não muda muito em relação às variantes anteriores.
“Em média, tem nove dias de duração, mas dependendo da carga viral pode durar menos tempo no organismo de uma pessoa, de cinco a sete dias, ou mais, chegando a 14 dias. Em pacientes com alguma imunodepressão, a duração e excreção viral pode durar ainda mais, chegando a duas semanas ou até um mês”, afirma o médico que também é professor de infectologia da UFSM (Universidade Federal de Santa Maria) e membro consultor da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia). Em linhas gerais, o pico da transmissão antes da ômicron era entre dois dias antes dos sintomas emergirem, e três dias depois, com carga viral gradualmente reduzindo ao longo de sete a 10 dias. Para a ômicron, o consenso é entre dois dias pré e dois dias pós surgimento de sintomas, de acordo com Ana Luíza Gibertoni Cruz, médica infectologista da UK Health Security Agency e pesquisadora no Departamento de Saúde Populacional da Universidade de Oxford, na Inglaterra.
“No entanto, é importante transmitir a incerteza que existem nestas estimativas, principalmente porque os dados são originados de uma população heterogênea para status vacinal e de doença, e não de uma população homogeneamente sem imunidade”, comenta Cruz. Atualmente, o isolamento recomendado para pacientes com covid-19 varia de cinco a 10 dias no Brasil, a depender dos sintomas e testes feitos pelo paciente. (fonte:www.uol.com.br/vivabem)
Deixe um comentário