sábado , 23 novembro 2024
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Vendas de imóveis de médio e alto padrão crescem quase 300% em um ano no País

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Em paralelo, os imóveis econômicos apresentaram queda. Especialista explica os motivos

Levantamento feito pela Abrainc-Fipe mostra que os imóveis de médio e alto padrão têm se destacado no crescimento de lançamentos e vendas em relação aos imóveis populares. Em números absolutos, o volume dos negócios envolvendo os imóveis econômicos ainda é maior, mas o desempenho percentual do segmento popular vem caindo, enquanto o segmento dos imóveis de médio e alto padrão vem aumentando. Conforme o estudo realizado entre março de 2021 e fevereiro de 2022, em 12 meses, o segmento de médio e alto padrão lançou 278,1% a mais que igual período do ano anterior, com 70.154 novas unidades. No mesmo segmento, as vendas tiveram uma elevação, com 30.481 imóveis, registrando uma alta de 34,4%.

Enquanto isso, os empreendimentos do Casa Verde e Amarela [antigo Minha Casa Minha Vida], foram 87.793 novos empreendimentos. O número é maior, mas estava em queda: -18,7% em relação ao mesmo período anterior. Em termos de vendas, o segmento teve 110.321 unidades vendidas nos últimos 12 meses, encerrados em fevereiro (-4,3%). Os dados referem-se ao levantamento realizado com 18 empresas associadas à ABRAINC (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias), em parceria com a FIPE (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).  

De acordo com o especialista em mercado imobiliário, Thiago Cardoso, um dos fatores que influenciou no cenário foi a busca por melhoria na condições de moradia por parte das famílias, como reflexo da pandemia de Covid-19. “A gente teve um grande movimento de busca por espaços maiores, apartamentos com área de lazer ou casas em condomínios fechados. As pessoas ficaram mais tempo em casa e despertaram para isso. Então, houve uma corrida por lançamentos, principalmente, no segmento de médio e alto padrão”, explica  

Segundo o especialista, outro fato importante foi a visão de negócios das pessoas de que os imóveis poderiam ser investimentos, diante da instabilidade do mercado financeiro. “O cliente passou a ver novamente o mercado imobiliário como uma oportunidade real de investimento, com valorização em curto prazo.

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