43 procuradores federais dos Direitos dos Cidadãos de todos dos estados e do Distrito Federal apresentaram uma notícia-crime contra o presidente Jair Bolsonaro por causa da reunião com embaixadores estrangeiros em que ele criticou o sistema eleitoral e as urnas eletrônicas.Os procuradores destacaram que o Tribunal Superior Eleitoral decidiu que esse tipo de ataque não é protegido pela liberdade de expressão e pode ser punido.
Parlamentares de diferentes partidos de centro e de esquerda também representaram contra o presidente. Para eles, Bolsonaro cometeu improbidade administrativa, fez propaganda eleitoral antecipada e abusou dos poderes político e econômico, além de cometer crime contra o Estado Democrático de Direito.
Agora cabe à Procuradoria-Geral da República definir se há elementos suficientes para fazer uma denúncia formal contra o presidente.
Ainda sobre a reunião, a Embaixada dos Estados Unidos publicou uma nota registrando que o país estrangeiro confia na força das instituições democráticas brasileiras e que o Brasil tem um sistema eleitoral que serve de modelo para o mundo. Ainda que os Estados Unidos estão confiantes de que as eleições brasileiras de 2022 vão refletir a vontade do eleitorado.
O principal concorrente de Jair Bolsonaro neste momento, o ex-presidente Lula, aproveitou para comentar o assunto mais uma vez. De acordo com Lula, “Bolsonaro quer criar uma confusão como Trump fez nos EUA. Quer criar suspeitas onde não tem. Está tentando enganar o povo para justificar uma bobagem qualquer. Ele não está com medo da urna eletrônica, está com medo do povo brasileiro”.
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