O Ministério da Mulher, Família e dos Direitos Humanos emitiu nota à imprensa explicando que “as afirmações feitas pela ex-ministra Damares Alves foram apresentadas com base em numerosos inquéritos já instaurados que dão conta de uma série de fatos gravíssimos praticados contra crianças e adolescentes”.
Damares Alves, ex-ministra, relatou detalhadamente um esquema de tráfico de crianças na Ilha do Marajó, no Estado do Pará, durante um culto na Assembleia de Deus em Goiânia, no último sábado. Segundo ela, o presidente Jair Bolsonaro se levantou para proteger essas crianças e, por isso, viveria “uma guerra espiritual” para ganhar as eleições deste ano.
A nota do Ministério registra ainda que programa Abrace o Marajó foi criado “como resposta à vulnerabilidade social, econômica e ambiental, que caracteriza uma porção expressiva da Amazônia Brasileira”. De acordo com o ministério, desde 2020, foram investidos 950 milhões de reais em ações para o desenvolvimento econômico e social do arquipélago. O texto ainda destaca a existência do Disque 100 para as denúncias.
De acordo com o Ministério, só no primeiro semestre deste ano, foram registradas mais de 11 mil denúncias de violência sexual contra crianças e adolescentes. Nos dois últimos anos foram registradas 34 mil denúncias.
O presidente Jair Bolsonaro usou as redes sociais para falar indiretamente sobre o assunto, Sem citar Damares, Bolsonaro disse ser revoltante “ver que alguns preferem se revoltar mais com uma mulher que corajosamente denuncia e luta contra esquemas de tráfico e exploração sexual do que com os próprios criminosos. Tudo bem não gostar de mim, mas não sacrifiquem as crianças só para me atacar!”.
Deixe um comentário