Os Estados Unidos acusaram o Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas, Antonio Guterres, de “ceder às ameaças da Rússia” ao não enviar oficiais para fiscalizar drones usados pelo país na guerra contra a Ucrânia. O governo americano e aliados afirmam que o armamento está sendo fornecido pelo Irã.
A Rússia negou que suas tropas estejam usando drones iranianos na Ucrânia e afirmou que não há justificativa para os oficiais das Nações Unidas serem enviados até Kyiv para investigar a origem do equipamento. Já o Irã admitiu ter disponibilizado drones para os russos, mas que o envio ocorreu antes do país invadir a Ucrânia em fevereiro.
França, Inglaterra, Escócia, País de Gales, Alemanha, Estados Unidos e Ucrânia afirmam que o fornecimento de drones feito pelo Irã para a Rússia viola uma resolução de 2015 do Conselho de Segurança da ONU, legitimando o armamento nuclear iraniano. Os países querem que Antonio Guterres envie oficiais para Kyiv para investigar o caso.
André Lajst, cientista político especialista em Oriente Médio e presidente executivo da StandWithUs Brasil, explica que o Irã tem se mostrado um dos principais apoiadores da Rússia na guerra contra Ucrânia e que, com a escalada das ameaças de Putin em relação ao uso de armas nucleares, as ações tomadas por ambos os países não podem ser ignoradas.
“O envio de drones pelo Irã para a Rússia representa um claro apoio à guerra e ao discurso de ameaça nuclear que o governo russo vem fazendo nos últimos meses. Essa aliança do Irã com a Rússia coloca em risco não apenas seus países vizinhos, mas todo o planeta”, relatou Lajst.
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