sexta-feira , 22 novembro 2024
Brasil

Pazuello deve deixar Ministério da Saúde e médica goiana é cotada para cargo

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O presidente Jair Bolsonaro deve realizar mudanças no Ministério da Saúde nos próximos dias. O ministro Eduardo Pazzuelo alegou problemas de saúde e pediu para deixar a pasta. Um dos nomes cotados para a vaga é da médica cardiologista Ludhmila Hajjar, médica goiana, que teve encontro pessoal com Bolsonaro na tarde deste domingo.
A médica se especializou no tratamento da Covid-19 e já tratou, por exemplo, do próprio Pazuello quando ele foi infectado pelo novo coronavírus. Além de Pazuello Ludhmilla é conhecida por tratar vários outros políticos e personalidades durante a pandemia de covid-19. Entre os pacientes de Ludhmila estão os deputados Arthur Lira (PP-AL), Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Joice Hasselmann (PSL-SP), o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), o ex-presidente do TCU José Múcio Monteiro, o presidente do Sebrae, Carlos Melles, e o ministro do STF Dias Toffoli. Goiana de Anápolis, é também médica do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM). Entre personalidades do mundo pop estão, entre outros, os cantores Leonardo e Anitta. A escolha da cardiologista reforçará o discurso da necessidade de vacinação em massa no Brasil.
Ludhmila Hajjar é crítica a condução de Bolsonaro na pandemia. Em diversas manifestações ao longo do último ano, a médica sempre ressaltou ser contra o chamado “tratamento precoce”, à base de cloroquina, e defensora de todas as medidas combatidas pelo Planalto, como uso de máscaras, distanciamento social e até lockdown. De acordo com Ludhimila, o Brasil deveria estar hoje com cinco seis vacinas disponíveis quando na realidade apenas dois tipos de imunizantes já são oferecidos aos grupos já defendidos no Planalto Nacional de Imunização. O nome de Ludhmila é defendido por vários políticos, a médica é cardiologista e já foi do Sírio-Libanês e agora está na rede Star, hospitais de elite da Rede D’Or. Ela é professora associado da USP.
Em entrevista publicada dia 7 de março no jornal Opção, de Goiás, Ludhmila disse que seu objetivo é ser médica, e que não tinha “qualquer tipo de objetivo de vida política”. Na entrevista, ao falar sobre rumores que haviam envolvido seu nome para substituir o então ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, em abril de 2020, disse: “Agora o Brasil tem de focar não em quem irá substituir, e sim em entender que a saúde é uma política de Estado, não do governo atual. Sou médica. Sou médica de beira de leito. Não sou política”.

CURRÍCULO – Ludhmila Hajjar é cardiologista graduada em medicina pela Universidade de Brasília (Unb), doutora em Ciências-Anestesiologia, professora associada de cardiologia da Faculdade de Medicina da USP e já coordenou a UTI cardiológica de diversos hospitais de ponta do país. É coordenadora de cardio-oncologia do Instituto do Coração, do Hospital das Clínicas de São Paulo, coordena a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Paulistano, e o setor de cardio-oncologia da rede Américas Serviços Médicos. Na Sociedade Brasileira de Cardiologia, Ludhmila é diretora de Ciência, Inovação e Tecnologia da Sociedade Brasileira de Cardiologia.

OUTRO COTADO – Também está na lista de possível ministro da Saúde, mas como menos chances, Marcelo Queiroga, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Queiroga só ganha mais chances se, durante o encontro com Ludhmila, o presidente não se sentir confortável com a nomeação da cardiologista.

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