sábado , 19 abril 2025
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Eleitores de Bolsonaro podem ‘se sentir um pouco confundidos’ por aliança com o Centrão, diz Mourão

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Durante entrevista no Palácio do Planalto, Mourão questionado sobre o tema após Bolsonaro anunciar que o senador Ciro Nogueira (PI) será o novo ministro da Casa Civil. O parlamentar é presidente do PP, um dos partidos do Centrão, grupo formado por diversas legendas que troca cargos e verbas federais por apoio ao governo.
Crítico do Centrão e do “toma-lá-dá-cá” durante a campanha eleitoral, Bolsonaro se aproximou do grupo e, agora, entregou a ele um dos principais ministérios do governo. Indagado sobre a mudança de postura, Mourão reconheceu que parte dos eleitores pode estranhar a situação.
“O eleitor que é o eleitor do presidente Bolsonaro, vamos dizer assim, que é uma parcela de 25%, 30% da população, ele olha a pessoa, independente do partido em que ele está. Agora, a outra parte dos eleitores que também votaram no presidente e, aí foi uma questão mais programática e vamos dizer assim de visão de futuro para o país, esses podem até se sentir um pouco confundidos. Isso vai depender obviamente, então, das ações daqui para lá”, disse Mourão.
‘Eu sou do Centrão’ – Após afirmar na campanha que o Centrão reúne a ‘nata do que há de pior’ no país, Bolsonaro cedeu espaço no governo em troca de apoio no Congresso e, nesta quinta-feira (22), afirmou em entrevista que nasceu do grupo, já que foi filiado ao PP e ao PTB.
“Eu sou do Centrão. Eu fui do PP metade do meu tempo. Fui do PTB, fui do então PFL. No passado, integrei siglas que foram extintas, como PRB, PTB. O PP, lá atrás, foi extinto, depois renasceu novamente”, declarou Bolsonaro em entrevista à rádio Banda B.
“O tal Centrão, que chamam pejorativamente disso, são alguns partidos que lá atrás se uniram na campanha do [Geraldo] Alckmin [PSDB]. E ficou, então, rotulado Centrão como algo pejorativo, algo danoso à nação. Não tem nada a ver, eu nasci de lá”, acrescentou.
O Centrão não foi criado em 2018. O grupo, que teve protagonistas em grandes escândalos de corrupção como mensalão e Lava Jato, surgiu durante a Constituinte, nos anos 1980, e desde então sempre apoia os presidentes. Integrou, por exemplo, os governos de Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff e Michel Temer. (As informações são do G1)

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