sábado , 23 novembro 2024
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Senadores questionam ligação de reverendo com “superman” brasileiro

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Durante a sessão da CPI da Covid, os senadores questionaram as ligações do reverendo Amilton Gomes de Paula com negociadores de vacina, parlamentares e membros do Ministério da Saúde. Mas também questionaram a ligação do reverendo com um advogado do Paraná que alega, há pelo menos 36 anos, ter obtido o título de “super-homem”.
A história foi trazida pelo senador Jean Paul Prates (PT-RN), ao inquirir o reverendo a respeito da ligação da sua organização, a Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários (SENAH), com outras organizações que estariam utilizando o logo da Organização das Nações Unidas (ONU). Entre elas, estaria a United Nations Mission of International Relations (UNMIR), presidida por Aldebaran von Holleben, um advogado de Ponta Grossa, no Paraná
Jean Paul seguiu na inquisição e questionou se o reverendo considera o presidente da entidade privada “uma pessoa mentalmente sadia e sã”. E rememorou o fato de que Aldebaran luta, na justiça brasileira, para ser reconhecido como o “super-homem”.
Os fatos são contados em um processo que tramita na Justiça do Paraná: Aldebaran afirma que, em 1978, adquiriu um uniforme do Clube de Regatas do Flamengo e um tênis do Superman, ocasião em que realizou duas fotografias. A “primeira no cavalo do carrossel com o tênis do ‘Superman’ ao lado da caveira”, simbolizando o renascimento.
A segunda foto teria ocorrido na “jaula com os leões”, com a marca do Flamengo em destaque. Quando, em 27 de maio de 1995, o ator Christopher Reeves, que interpretava o “Superman”, sofreu um acidente que o deixou tetraplégico, Aldebaran passou a argumentar que era o verdadeiro super herói no país, e passou a processar a Warner Bros. (que produz o filme) e o Flamengo.
“Defende que é o Superman no Brasil e que, caso a requerida Warner “queira colocar outro brasileiro em filme da Superman”, irá apresentar embargos, pois adquiriu eventuais direitos com o acidente e morte do ator Christopher Reeve”, consta nos autos do processo, julgado em março deste ano. A juíza responsável pelo caso, Erika Watanabe, negou o pedido de reconhecimento do advogado ligado à ONG, acusando-o de tumultuar a Justiça.
A UNMIR, apesar do nome, não está ligada ao corpo internacional de nações. Seu site tem poucas informações, mas alega ser aceita por órgãos tão diversos, tais como a Santa Sé, os Capelães Militares dos Estados Unidos e Associação de Misseis de Defesa Israelenses.
O reverendo disse que a UNMIR, assim como a SENAH, fariam parte de uma rede de ONGs coordenada pela ONU voltadas ao trabalho humanitário – sem no entanto dar detalhes de como se dava esta organização, e se ela teria a autorização da ONU para utilização das suas marcas. ( Com informações do congresso em foco)

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