sexta-feira , 22 novembro 2024
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Tanto Lula quanto Bolsonaro podem encontrar dificuldades no Senado avalia Ranking dos Políticos

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O levantamento é feito de acordo com pesquisas eleitorais realizadas nos estados e mensura qual vai ser o tamanho de cada bancada para próxima legislatura (2023-2026).

Tanto Lula quanto Jair Bolsonaro devem encontrar dificuldades para formação de maioria no Senado Federal, caso um deles ganhe a disputa pela Presidência da República. É o que revela análise com base nas pesquisas de intenção e voto nos estados, feita pelo Ranking dos Políticos, plataforma que classifica os melhores e piores senadores e deputados federais de acordo com os seus trabalhos realizados no Congresso Federal. A origem da possível instabilidade política é por conta das eleições deste ano que vão renovar um terço do Senado, ou seja, 27 das 81 cadeiras.

De acordo com o sistema utilizado nas eleições, os senadores possuem mandatos de oito anos, diferente dos outros cargos (deputado federal/estadual e governador). Além do mais, as escolhas para cada estado são feitas de maneira alternada entre uma ou duas vagas, a cada pleito. Porém, o Ranking aponta que as mudanças podem ir além, já que os parlamentares que ainda possuem de mais quatro anos deverão decidir em disputar governos estaduais. E isso poderá refletir na organização da Casa futuramente.

Dessa forma, tornou possível para o Ranking dos Políticos mensurar qual deverá ser o tamanho da bancada dos partidos no Senado para a próxima legislatura (2023-2026). Como ainda não houve o registro de candidaturas, a avaliação leva em conta os nomes que aparecem nas pesquisas sobre intenção de voto. Porém, alguns foram excluídos da análise por decidirem disputar outros cargos. Como o caso do senador Marconi Perillo (PSDB-GO), que mesmo em primeiro lugar para o Senado em Goiás, decidiu concorrer ao governo do estado.

Na mesma situação está Aécio Neves (PSDB-MG), que, segundo fontes do partido em contato com o Ranking, vai disputar novo mandato de deputado federal. Sendo que outros ainda deverão confirmar candidatura ao Senado. De forma geral, as pesquisas do momento indicam uma certa estabilidade nas bancadas partidárias, com pequenas mudanças entre os números atuais e os futuros. A quantidade de legendas com assento na Casa pode cair de 16 para 14. Poucos partidos podem ter bancadas acima de 10 membros.

O Ranking aponta que os partidos MDB, PSD e PL são os únicos que podem chegar a 12 senadores, cada. Isso, levando-se em consideração os que devem permanecer no mandato nos próximos quatro anos, mais os eleitos neste ano. Essa situação reflete o quadro atual, pois as três legendas são as maiores da Casa. No caso específico do PL, a sigla pode cair para 11 cadeiras, caso o senador Jorginho Mello seja eleito governador de Santa Catarina. Entre os que possuem potencial de crescimento, estão PL, União Brasil, PT, PSB e Republicanos. À exceção deste último que pode ganhar mais três lugares, e o restante pode acrescentar mais dois integrantes às suas bancadas.

Além disso, o Ranking dos Políticos avalia que a união de forças saída das urnas em outubro, pode ser alterada ao longo da legislatura. Isso porque, diferentemente dos deputados, os senadores não se submetem a fidelidade partidária. Ou, seja não perdem o mandato mesmo se mudarem de partido. Aliás, é bem provável que mudanças ocorram, visto que os senadores dos partidos que não atingirem a quantidade necessária de votos ficarão privados de recursos dos fundos públicos (Partidário e Eleitoral), por isso a tendência é que tentem se acomodar em legendas com maior estrutura.

Base governista do próximo presidente – A partir de toda a análise, o Ranking aponta que os partidos que, possivelmente, podem apoiar um governo petista são MDB, PSD, PL, PP, PT, PDT PROS, PSB, Republicanos e Rede. Ou seja, juntas, essas legendas podem eleger entre 36 e 59 senadores. Já os partidos que, provavelmente, fiquem ao lado de Bolsonaro em um eventual segundo mandato são: MDB, PSD, PL, PP, União Brasil, Republicanos e PSC. O tamanho dessas bancadas deve ficar entre 31 e 53 senadores. Agora partidos como como Podemos, PSD e Cidadania deverão ser independentes e o apoio dependeria da articulação política, principalmente voltada aos trabalhos legislativos. Mesmo assim, obviamente, tanto Lula quanto Bolsonaro podem enfrentar dificuldades para compor o grupo.

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