Ex-presidente da Câmara Federal, deputado Rodrigo Maia, ainda está sem partido depois que deixou o DEM. A saída do partido se deu com o racha da sigla no momento da votação do seu substituto para a presidência da Câmara. Na campanha Maia apoiou Baleia Rossi (MDB-SP), enquanto o presidente do DEM, ACM Neto, mobilizou a bancada da sigla a apoiar a chapa do atual presidente Arthur Lira(PP-AL), “abençoado” pelo presidente Jair Bolsonaro e aliados.
Em entrevista ao Estadão, Maia disse que pretende decidir o novo Partido em até um mês, antes de retomar as atividades em plenário, para poder participar de debates importantes como da PEC Emergencial já com a nova sigla.
A sigla para a qual deve migrar ainda não está definida, mas segundo Maia, atualmente está conversando muito com o MDB, partido com o qual relata ter uma “relação histórica muito importante”. Outro destino cotado é o PSL. Porém, Maia deixa claro que, com a atual composição de bolsonaristas na sigla, a mudança é improvável. O parlamentar não descarta ainda a criação de um novo partido de centro.
Questionado sobre as dezenas de pedidos de impeachment contra Bolsonaro que ficaram engavetados durante sua gestão à frente da Câmara, Maia repetiu que não há apoio político suficiente para o processo avançar. Disse ainda que o mais indicado seria a abertura de uma CPI para apurar, por exemplo, crimes cometidos pelo governo federal na pandemia.
Sobre 2022, o deputado diz ser uma disputa na qual projetos individuais terão que ser deixados de lado e acredita de quatro nomes – João Doria, Luciano Huck, Luiz Henrique Mandetta e Eduardo Leite – deve sair um nome, uma chapa única.
“Todos têm o direito de colocar o seu projeto até um determinado momento. A partir daí, é óbvio que tem de se consolidar uma candidatura. Todos quatro, cada um com as suas vantagens e desvantagens, têm de fazer isso”, diz.
(com edição do portal: senadoemfoco)
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