A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou nesta segundafeira a realização de um estudo para avaliar a segurança e a eficácia da terceira dose da vacina da AstraZeneca contra a Covid-19. Também nesta segunda, a agência deu aval a uma pesquisa para avaliar a eficácia do medicamento proxalutamida contra o novo coronavírus. O presidente Jair Bolsonaro defendeu no domingo uma avaliação sobre o remédio.
A pesquisa sobre vacina é uma extensão do estudo original da AstraZeneca no Brasil, que seria finalizado ao completar um ano. Agora, aos mesmos voluntários que tomaram a segunda dose há entre 11 e 13 meses será ofertada uma terceira. Um mês depois, essas pessoas passarão por nova avaliação e o estudo será concluído.
Participam os mesmos seis centros de pesquisa do estudo original. Todo voluntário que vem sendo acompanhado é elegível, desde que não seja gestante, puérpera, não tenha tomado outra vacina e nem tenha Covid. Esse subgrupo deve ser formado por 4 mil voluntários.
O objetivo é gerar dados científicos para que os governantes tomem decisões sobre a estratégia de vacinação futura baseadas em evidências — afirma a diretora do Grupo de Vacinas de Oxford no Brasil e coordenadora dos testes clínicos da fórmula da AstraZeneca no país, Sue Ann Costa Clemens. — Há governos adotando uma terceira dose sem saber se é seguro ou se vai aumentar a proteção. Ela explica que, por enquanto, as duas doses da vacina são suficientes para proteger contra as variantes conhecidas no mundo.
— Precisa de terceira dose? Para cepas circulantes não precisa. Mas a situação epidemiológica é muito instável, vemos o aparecimento de novas variantes toda hora. Quanto mais dados gerarmos para as situações que estão por vir, melhor.
Proxalutamida – Já o estudo da proxalutamida será realizado, além do Brasil, em outros seis países: Alemanha, Argentina, África do Sul, Estados Unidos, México e Ucrânia. No Brasil serão 50 voluntários, sendo 38 em São Paulo e 12 em Roraima
O estudo é patrocinado pela empresa Suzhou Kintor Pharmaceuticals, sediada na China. A Anvisa não divulgou o número total de voluntários. (As informações são do Globo)
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