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2020 foi um ano recorde de estresse, aponta pesquisa

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Segundo o relatório, quase 190 milhões de pessoas a mais se sentiram estressadas em 2020 — Foto: Unsplash

Em 2020, o mundo estava mais triste, com mais raiva, mais preocupado e mais estressado do que nos últimos 15 anos. É o que diz um relatório global de emoções feito pela Gallup, empresa americana especializada em pesquisa de opinião, que rastreia anualmente experiências em mais de 100 países.
A pesquisa perguntou a 160 mil adultos em 115 países se eles tiveram cinco experiências negativas específicas no dia anterior. Quatro em cada 10 adultos disseram ter experimentado preocupação ou estresse (40%). Pouco menos de três em cada 10 experimentaram dor física (29%). Cerca de um em cada quatro experimentou tristeza (27%) ou raiva (24%).
O ano da pandemia foi o mais estressante dos últimos 15 anos. De 2019 para 2020, o aumento foi de 5% quando o assunto é estresse. Segundo o relatório, quase 190 milhões de pessoas a mais se sentiram estressadas em 2020.
“Emoções negativas generalizadas não são boas para nenhum país, muito menos para o mundo inteiro”, diz o relatório.
Quando o assunto é a pandemia:
Metade das pessoas disseram que ganharam menos por causa da Covid-19
32% disseram que perderam o emprego
80% das pessoas disseram que a Covid-19 as afetou de alguma forma
Segundo Jon Clifton, sócio-gerente global da Gallup, a pandemia não é a única culpada pelas emoções negativas no mundo. “Enquanto 2020 estabeleceu um recorde para emoções negativas, a tendência começou há quase 10 anos.”
Nem todos os países sentiram o estresse no mesmo grau, alerta o relatório. Ele variou de 66% no Peru (o que representa uma nova alta para o país) a 13% no Quirguistão, onde nos níveis de estresse têm sido historicamente baixos e permaneceram baixos.
O Iraque continua a liderar o mundo em experiências negativas. Os iraquianos lideraram o mundo em sentir dor, raiva e tristeza. Já Taiwan continuou com a pontuação mais baixa, assim como em 2019.
Experiência positiva permaneceu estável na pandemia
Apesar do aumento das emoções negativas, pessoas no mundo todo permaneceram resilientes na pandemia. Para verificar o índice de emoção positiva, a pesquisa fez perguntas sobre se sentir respeitado e bem descansado, fazer atividades interessantes ou agradáveis e sorrir e rir. Com pandemia, Brasil fica na 41ª posição em ranking global da felicidade
Os resultados mostraram que as pessoas conseguiram se manter estáveis em emoções positivas, apesar do impacto negativo da pandemia – com exceção de rir e sorrir.
“O mundo sorriu menos em 2020. A porcentagem das pessoas que disseram ter sorrido ou rido no dia anterior caiu de 75% para 70%, a menor medida que o estudo já registrou para essa questão”, diz o relatório.
El Salvador, que também teve uma das maiores pontuações em 2019, liderou o mundo em positividade, com índice de 82. Outros países latino-americanos, como Nicarágua, Paraguai e Colômbia também registraram pontuações altas.
Três países nórdicos – Islândia, Noruega e a Finlândia – também registraram altas pontuações. Os três estão entre os 10 primeiros no ranking mundial de felicidade.

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