sábado , 19 abril 2025
DFNotícia

STF cassa recomendação do Ministério Público do DF que suspendeu vacinação de crianças em escolas públicas, diz Ibaneis

38
Vacinação contra Covid-19 em crianças no DF — Foto: Sandro Araújo - Agência Saúde do DF

O Supremo Tribunal Federal (STF) cassou a recomendação do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) que suspendeu a vacinação contra Covid-19 de crianças em escolas públicas. A informação foi divulgada em uma rede social pelo governador Ibaneis Rocha (MDB). Em 18 de janeiro, o MPDFT enviou um documento à Secretaria de Saúde que afirmava que as unidades de ensino não deveriam ser usadas para aplicação de doses. A partir da recomendação, o GDF suspendeu o plano de imunização nas escolas.

No Twitter, Ibaneis disse que a decisão é do ministro do STF Ricardo Lewandowski e afirmou ainda que foi determinado que o MPDFT “se abstenha de divulgar notícia falsa em relação à vacinação infantil”. O g1 entrou em contato com o MPDFT e com o STF, mas não obteve retorno até a última atualização desta publicação”.

O g1 também questionou as secretarias de Saúde e de Educação se, com a decisão, crianças serão vacinadas nas escolas. No entanto, as pastas não responderam até a última atualização desta publicação.

Atualmente, a vacinação de crianças ocorre nos postos de imunização contra a Covid-19, localizados em unidades de saúde da capital. Clique aqui e veja os endereços.

A recomendação do MPDFT gerou polêmica, já que foi emitida uma semana depois do GDF anunciar que cogitava a aplicação de doses nas escolas. No documento, as promotoras Cátia Gisele Martins Vergara e Márcia Pereira da Rocha, da Promotoria de Justiça de Defesa da Educação, dizem que a medida pretendia garantir “a decisão livre e esclarecida dos respectivos pais e responsáveis quanto à vacinação experimental das crianças e adolescentes”. A imunização desse público, no entanto, foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que a considerou a vacina segura. Além disso, o GDF havia dito que nunca cogitou exigir vacinação obrigatória.

Para justificar o pedido, as promotoras afirmam que a própria Anvisa usou o termo experimental ao aprovar o uso emergencial da vacina. Além disso, argumentam que “o ambiente escolar não é adequado para tratamento de saúde e realização da imunização contra Covid-19, notadamente quanto à necessidade de serem prestadas todas as informações na área de saúde, de forma clara, sobre os riscos e benefícios do uso do inoculante em fase experimental”.

A recomendação apontava ainda que “a decisão sobre a vacinação de crianças e adolescentes dentro das escolas e unidades da SEE/DF [Secretaria de Educação] alocará a responsabilidade de informação clara sobre os riscos e benefícios no uso do imunizante experimental aos gestores da educação, inclusive quanto à responsabilização dos eventos adversos a médio e longo prazo”. Além de pedir que as escolas não fossem usadas na campanha, o MP solicitou que, tanto na rede pública quanto privada, as aulas sejam retomadas de forma totalmente presencial e sem exigência de comprovação de vacinação, conforme ocorreu.

Polêmica – A secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, e o chefe da Casa Civil, Gustavo Rocha, disseram que o governo seguiria a recomendação. No entanto, eles afirmaram que o documento foi feito sem qualquer conhecimento sobre o plano da pasta, que previa utilizar equipes de saúde, com médicos e enfermeiros, para oferecer o serviço. Eles disseram ainda que Não foi cogitado o emprego de profissionais da educação, como o MP citou no documento. Gustavo Rocha afirmou ainda que “o MP poderia, antes da recomendação, ter se inteirado do plano e como seria feita a vacinação” e que o posicionamento do órgão diante da situação “não ajuda”. A Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) também se posicionou sobre o assunto e o presidente da Comissão da Vacina, o deputado Fábio Felix (PSol) informou à época que pediu esclarecimentos ao MPDFT. Ainda de acordo com o parlamentar, “as manifestações da Anvisa foram tiradas de contexto para chamar as vacinas, pasmem, de experimentais. A agência já declarou que isso não procede! Tão absurdo quanto o Ministério Público prestar esse desserviço é o GDF acatar essa orientação absurda!”, disse o distrital à época. ( As informações são do G1)

Deixe um comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Artigos relacionados

Notícia

Governo sanciona crédito especial de R$ 273 milhões para o Judiciário e CNJ

Foi sancionada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, a...

Notícia

ExpoCannabis mostra potencial de empregabilidade no mercado da planta

Capaz de gerar pelo menos 328 mil empregos no Brasil, o mercado...

Notícia

Políticas púbicas: plataforma mapeia investimentos federais no Brasil

Um portal que mapeia a distribuição dos investimentos federais no Brasil, abrangendo...

NotíciaSP

Apagão em São Paulo já causou pelo menos R$ 1,65 bilhão em prejuízos ao varejo e aos serviços da cidade

Entidade – que está em diálogo com autoridades e com a ENEL...