Tóquio está sofrendo pelo sexto dia seguido com mais de 35°C e uma taxa de umidade de mais de 70%. É o segundo ano consecutivo que o Japão experimenta temperaturas tão altas em um mês de julho desde que os dados começaram a ser registrados, em 1875, há quase um século e meio.
Milhares de pessoas foram hospitalizadas por insolação, doença que, segundo o grau de exposição ao sol, pode afetar o cérebro e os rins, causar ataques cardíacos e problemas respiratórios. Alertas foram emitidos na segunda-feira (17) para 32 das 47 províncias, que estão vivenciando temperaturas próximas à máxima histórica de 41,1°C alcançada em 2018.
“O clima mudou claramente. Antes, a temperatura (na prefeitura de Yamanashi, perto de Tóquio) nunca chegava aos 30°C. Agora, eles são facilmente alcançados”, lamenta Tomoya Abe, 50 anos, voltando de uma estadia no acampamento para fugir do seu apartamento na capital “onde a temperatura pode chegar a 37°C”.
A cada ano, a onda de calor mata centenas de pessoas, no país que tem, em sua população, uma maioria de idosos.
Governo quer que população economize eletricidade
Espera-se que esse calor úmido e sufocante continue nas próximas semanas. Ainda assim, o governo japonês pede aos residentes de Tóquio que economizem eletricidade, especialmente entre 15h e 18h. Esta é a hora do dia em que a reserva de energia é menor e o temor é o de que essa reserva fique abaixo dos 3% necessários para garantir uma fonte de alimentação estável.
Nos finais de tarde, a orientação é para que os habitantes da capital japonesa reduzam a utilização dos elevadores e apaguem as luzes desnecessárias.
O Japão está batalhando para reiniciar suas usinas nucleares, fechadas desde o acidente de Fukushima, em março de 2011.
Chuvas no Norte
No norte do país, a mudança climática está causando chuvas torrenciais. Na província de Akita, um homem foi encontrado afogado dentro do próprio carro. Outras sete pessoas morreram no sul do arquipélago devido às fortes chuvas.
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