O número de mortos em decorrência do terremoto que atingiu o Haiti na manhã deste sábado (14) subiu para 724, afirmou a Direção Geral de Proteção Civil. Outras 2.800 pessoas ficaram feridas. Um dia após a tragédia, o governo haitiano está em alerta para os possíveis impactos da tempestade tropical Grace, prevista para chegar ao país caribenho no início da semana.
A República Dominicana, país com o qual o Haiti divide a ilha de Hispaniola, emitiu um alerta de tempestade tropical. O Centro de Operações de Emergência dominicano prevê que fortes chuvas, ventos, inundações e deslizamentos de terra são esperados nas costas sul e norte.
A infraestrutura rodoviária está danificada devido aos deslizamentos de terra causados pelo terremoto, e vários edifícios, como hotéis, igrejas e hospitais, com a estrutura destruída ou comprometida.
Durante a madrugada, bombeiros e civis trabalharam para vasculhar prédios destruídos em busca de parentes e amigos presos nos escombros. À agência de notícias Reuters, haitianos disseram que passariam a noite dormindo ao ar livre, com receio de que um novo tremor pudesse atingir o país.
Horas após o primeiro terremoto, o país foi atingido por um novo sismo, de menor intensidade, com magnitude 5,8. Não há informações de novas mortes.
Ao longo da tarde de sábado, o primeiro-ministro haitiano, Ariel Henry, sobrevoou as partes mais afetadas do país para mensurar os danos e decretou estado de emergência com duração prevista para um mês. “Devemos mostrar muita solidariedade. Vamos agir rapidamente”, escreveu em uma rede social. Esse é o primeiro grande desafio que Henry, um neurocirurgião, enfrenta à frente do país. No cargo há pouco menos de um mês, ele fora indicado por Jovenel Moïse, presidente haitiano morto a tiros em 7 de julho por um grupo de mercenários —as investigações ainda se desenrolam. (As informações são da Folha)
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