Pesquisadores americanos desenvolveram uma vacina em forma de adesivo que demonstrou oferecer mais eficácia que vacinas intramusculares. Criado a partir de impressão 3D, e testado em animais, o dispositivo foi desenvolvido por cientistas da Universidade de Stanford e da Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill (UNC-Chapel Hill).
A inovação é composta por microagulhas impressas em 3D alinhadas em um adesivo de polímetro. A estrutura possui tamanho suficiente para alcançar a pele e aplicar o imunizante.
O estudo publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences indicou que a resposta imune a vacina adesiva foi 50 vezes maior do que a vacina administrada sob a pele, e 10 vezes maior do que a vacina aplicada no músculo do braço. Segundo a análise, os resultados são possíveis poque a pele está cheia de células do sistema imunológico que são o destino do imunizante.
COMO FUNCIONA – O dispositivo adesivo em formato quadrado mede 1cm² e é aplicado sobre a pele e pressionado pelo polegar por dois segundos. Em seguida, ele é deixado colado à pele por 24 horas. Os pesquisadores acreditam que a reposta imunológica intensa associada à inovação pode levar à redução da quantidade de imunizante usado para gerar uma reação semelhante à reação que uma vacina convencional (com agulha e seringa), que requer uma quantidade maior de fármaco, causa no organismo.
Segundo o principal autor do estudo, o professor de medicina translacional e engenharia química na Universidade de Stanford e professor emérito da UNC-Chapel Hil, Joseph M. DeSimone, a nova tecnologia deve abrir caminho para o desenvolvimento global de vacinas que são aplicadas sem dor e sem gerar ansiedade.
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