Manifestantes de vários municípios de Alagoas subiram a Serra da Barriga, em União dos Palmares, neste sábado (20), Dia da Consciência Negra, para protestar contra o racismo e contra a política do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Os protestos também se espalharam por outras cidades do país.
Em Alagoas, uma passeata foi formada e os participantes usaram faixas, cartazes e em um grito conjunto que dizia: “Na terra de Dandara e Zumbi, genocida não se cria”.
Participam do protesto diversas organizações e movimentos sociais. Entre eles, CUT, a Frente Brasil Popular, Frente Brasil Popular, Frente Povo Sem Medo, movimento negro, centrais sindicais e sindicatos, movimentos de mulheres, culturais, de juventude, entre outros. “O protesto é para reafirmar a necessidade de políticas públicas para a população mais pobre, assim como a garantia de vida. É um protesto contra o desmonte do governo Bolsonaro. É uma data simbólica, até porque a população negra é a mais afetada”, disse Edna Bezerra, integrante do Centro Brasileiro de estudos de saúde.
No Rio – No Rio de Janeiro, o tradicional ato de comemoração do Dia da Consciência Negra em frente ao monumento de Zumbi dos Palmares, foi celebrado na manhã de hoje (20) no centro da cidade do Rio de Janeiro. O presidente do Conselho Estadual de Direitos do Negro (Cedine), Luiz Eduardo de Oliveira, conhecido como Negrogun, lembra que, em 2021, completam-se 50 anos desde a primeira comemoração da Consciência Negra no país. “Estamos celebrando a vida e a liberdade. A vida porque essa pandemia ceifou tantas vidas nossas, que, nós, que ainda estamos vivos, temos que celebrar a memória deles que já foram. E a liberdade temos que celebrar sempre, ainda mais num momento em que vemos tantas injustiças, tantos jovens sendo presos, por reconhecimentos absurdos por fotos”, disse Negrogun.
Em São Paulo – Iniciada às 12h, a manifestação em São Paulo teve uma programação longa: nas primeiras horas se dedicou a atividades culturais, como a reprodução de música de artistas negros em carros de som e o maracatu. A partir das 15h, o tom da manifestação ficou mais político, com o aparecimento de mais bandeiras contra o governo do presidente Bolsonaro e outras defendendo o retorno do ex-presidente Lula à Presidência.
Em Goiânia, o ato teve críticas ao governo federal e protestos contra a inflação dos alimentos e a volta do Brasil ao mapa da fome.
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