O partido que governa o Japão e seus aliados obtiveram nas eleições para o Senado deste domingo (10) votos suficientes para formar uma ampla maioria, dois dias após o assassinato do ex-primeiro-ministro Shinzo Abe durante um evento de campanha.
O Partido Liberal Democrata (PLD), que governa o país e ao qual Abe pertencia, e o partido Komeito, seu aliado, reforçaram seu domínio com mais de 75 das 125 cadeiras da Câmara Alta, de acordo com a imprensa japonesa.
Os dois partidos fazem parte do que agora é uma supermaioria de dois terços dispostos a alterar a Constituição pacifista do país e fortalecer seu papel militar a nível global, um objetivo de longa data de Abe. Mesmo antes do assassinato que chocou o país, o PLD e Komeito avançavam para fortalecer sua maioria.
“Acho importante que as eleições tenham sido realizadas normalmente”, disse o atual primeiro-ministro Fumio Kishida, acrescentando que vai focar seu mandato na covid, na Ucrânia e na inflação.
O assassinato do ex-premiê na sexta-feira ofuscou a votação, mas o chefe de Governo e sucessor de Abe, Fumio Kishida, insistiu que o choque provocado pelo crime não iria interromper o processo democrático.
Admitindo a derrota, Kenta Izumi, líder do opositor Partido Democrático Constitucional, que deve perder vários assentos, disse que estava claro que “os eleitores não queriam mudar”, segundo a Kyodo News. A taxa de participação nas eleições foi de 52%, segundo os últimos dados disponíveis na manhã de segunda-feira. . (Com informações do g1)
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