Os dados referentes ao mês de novembro do sistema Deter-B, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), apontam 201 km² de alertas de desmatamento na Amazônia, uma queda de 63,8% em comparação ao mesmo período do ano passado. É a menor taxa de desmatamento no bioma desde que começaram os registros, em 2015. Os estados com as maiores áreas de alertas foram Pará (96,5 km²), Mato Grosso (29,7 km²) e Maranhão (23,1 km²).
Para Rômulo Batista, porta-voz do Greenpeace Brasil, “as quedas registradas em novembro são reflexo da firme atuação dos órgãos de controle e fiscalização, além da retomada de políticas públicas de proteção ambiental. Desde o mês de abril verificamos um cenário de queda nos alertas de desmatamento na Amazônia, o que culmina no mês de novembro com a menor taxa desde o início da série histórica. Os oito meses seguidos de queda nos alertas estão diretamente ligados à volta da governança ambiental”.
Diante da Conferência Global sobre Mudanças Climáticas (COP28) realizada em Dubai neste mês, é importante que o país se comprometa em zerar o desmatamento na Amazônia, considerando que a prática contribui diretamente com o aumento de emissão de gases de efeito estufa na atmosfera: “Mesmo reduzindo os alertas de desmatamento, o Brasil ainda está distante de cumprir a meta de NDC (Contribuição Nacionalmente Determinada) assumida junto à ONU, de reduzir em 48% suas emissões até 2025. Portanto, é preciso uma ação coordenada entre governo federal e os governos estaduais para que essa meta seja ainda mais reduzida, além de impedir que projetos antiambientais como o Marco Temporal, que coloca em risco o meio ambiente e os povos da floresta, tenham os seus vetos derrubados pelo congresso nacional”, finaliza Batista.
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