segunda-feira , 21 abril 2025
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Brasil ainda não definiu se quem recebeu vacina da Janssen irá tomar dose de reforço

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Janssen adia envio de vacinas que chegariam ao Brasil na terça | Band

Em outubro, a agência de vigilância sanitária dos EUA aprovou uma dose de reforço para quem tomou o imunizante. A dose adicional pode ser feita com a própria vacina da Janssen ou de outros fabricantes. As autoridades sanitárias brasileiras ainda não definiram se quem recebeu a vacina da Janssen contra a Covid vai receber uma dose de reforço.
Das quatro vacinas em uso no país, só a da Janssen é aplicada em dose única. Em junho, o Brasil recebeu 4,8 milhões de doses do imunizante. A maior parte veio de uma doação do governo americano e um lote menor foi entregue pela própria fabricante, depois da assinatura de um contrato com o Ministério da Saúde para o fornecimento de 38 milhões de doses.
No mês passado, o FDA, a agência de vigilância sanitária dos Estados Unidos, aprovou uma dose de reforço para quem tomou a vacina da Janssen. A recomendação é para que dose extra seja aplicada dois meses depois da primeira injeção. Vale para qualquer pessoa com mais de 18 anos e não apenas para grupos prioritários. A dose adicional pode ser feita com a própria vacina da Janssen ou de outros fabricantes, uma estratégia conhecida como vacinação heteróloga.
A epidemiologista Denise Garrett, vice-presidente do Instituto Sabin, considera que a medida deve ser seguida o quanto antes por todos os países que utilizam a vacina da Janssen. “Esse intervalo um pouco mais curto é muito em função de se acreditar na verdade que essa vacina precisa ser duas doses e não uma dose”, explica.
No Brasil, a dose de reforço está restrita, por enquanto, aos idosos com mais de 60 anos que receberam a segunda dose há mais de seis meses, profissionais de saúde e pessoas com algum tipo de deficiência imunológica. Quem tomou a vacina da Janssen e imaginou que já tivesse completado o esquema vacinal com a dose única agora aguarda uma definição das autoridades de saúde.
Monica Levi, diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações, diz que estudos indicam a necessidade da dose de reforço. “A decisão da priorização em relação a doses extras, as doses adicionais, é o que vai ser discutido, é o que está sendo discutido pela câmara técnica assessora de imunizações”, afirma.
No mês passado, representantes da Janssen se reuniram com técnicos da Anvisa para falar sobre a dose de reforço. O laboratório informou que enviará os dados para aprovação da agência nas próximas semanas. Neste mês, a Janssen deve entregar quase 8 milhões de doses ao Programa Nacional de Imunizações e outros 28 milhões até fim do ano. “É importante que se faça esse reforço de quem só tomou uma dose da Janssen. E isso não varia de país para país. Isso deve ser feito em todas as pessoas que tomaram essa primeira dose da Janssen”, diz Denise Garrett.
A Anvisa informou que não teve nenhuma atualização sobre a vacina da Janssen e que ainda não recebeu solicitação para avaliar a aplicação de dose de reforço. (fonte: g1.globo.com)

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