Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília
A Frente Parlamentar em Defesa do Carnaval da Câmara Legislativa realizou, nesta quinta-feira (18), comissão geral para discutir alternativas para uma folia segura, além do fomento a agremiações e blocos carnavalescos. A realização das tradicionais manifestações públicas e populares em 2022 envolveu boa parte do debate. Na ocasião, o secretário de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal, Bartolomeu Rodrigues, sinalizou positivamente para a possibilidade de haver os festejos já no próximo ano.
“Não temos bola de cristal para saber como estaremos em fevereiro de 2022, mas há um esforço grande do governo e estamos avançando na vacinação, o que nos deixa confiantes de que estaremos numa situação confortável até lá; talvez, até antes, no Réveillon”, disse o secretário.
A realização da folia no ano que vem é um dos cenários para o qual a pasta vem se preparando, informou Bartolomeu Rodrigues, mas ele explicou que a Secretaria também trabalha com a impossibilidade. “Precisamos reconhecer que o período pandêmico foi muito ruim para todo o segmento cultural, em especial, o carnavalesco, e estaremos condenando à morte todo um movimento construído ao longo de anos”, apontou.
Para dar um fôlego à cadeia produtiva do Carnaval, o secretário de Cultura anunciou o aporte de R$ 5,4 milhões para as escolas de samba e os blocos tradicionais, bem como disse estar em discussão ações de apoio e fomento aos blocos de rua.
Situação sanitária – A grave crise sanitária em decorrência da Covid-19 impediu a realização do Carnaval em 2021; contudo, mesmo com taxas melhores, a situação ainda preocupa. À frente da comissão geral, o deputado Fábio Felix (PSOL) ressaltou ser preciso “tomar medidas desde já” para viabilizar a realização da folia em 2022.
“Vacina, vacina e vacina. Essa comissão está comprometida com o carnaval, mas também com a vida das pessoas”, afirmou Félix
O distrital defendeu o estabelecimento de um “passe sanitário” para frequentar festas, eventos e bares: “Quem não vacinou até agora só o fará com isso. Medidas duras também são necessárias para continuar caminhando para a abertura”. Para o deputado Professor Reginaldo Veras (PDT), “há uma demanda reprimida de ir para rua, de ter contato e de pular, tudo que o Carnaval oferece”, mas o Estado precisa se organizar para evitar problemas.
Representando a Plataforma da Diversidade, Dayse Hansa destacou que o planejamento do Carnaval acontece durante o ano inteiro e cobrou ação por parte do governo: “Faltam quatro meses para o maior evento do DF, é preciso fazer campanha de vacinação. Para realizar com segurança sanitária, temos de ter previsão do ritmo da vacinação”.
O subsecretário de Vigilância à Saúde, Divino Valero, acompanhou as falas: “A medida mais eficaz no mundo inteiro é a vacina. Quanto mais vacinados, menos internações e mortalidade”. Segundo ele, a expectativa da pasta é chegar a 90% da população com cobertura vacinal completa até janeiro do próximo ano.
Para isso, a secretaria vai começar a apostar na busca ativa dos que ainda não foram imunizados. “Neste sábado, faremos nossa primeira campanha de busca ativa em feiras”, anunciou. ( fonte: Agência CLDF)
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