O acordo assinado por Ucrânia e Rússia para reabrir portos para a exportação de grãos no Mar Negro vai significar “um alívio no preço dos alimentos”, avaliou o professor de Relações Internacional da Universidade Federal Fluminense, Vitélio Brustolin.
“Atualmente na Ucrânia, por exemplo, há cerca de 20 a 25 milhões de toneladas de grãos prontas para serem embarcadas na região de Odessa e que fazem com que a inflação do mundo inteiro suba, especialmente pelo preço dos alimentos”, disse, em entrevista à CNN Rádio.
Ele lembrou que a Ucrânia e a Rússia, em guerra desde a invasão russa em 24 de fevereiro, são os maiores exportadores agrícolas do mundo.
O território ucraniano é composto por 55% de terras aráveis, e é o quinto maior exportador de trigo, além de estar no top 3 de exportadores de milho, cevada e sementes de girassol. Para Vitélio Brustolin, a assinatura é um “passo positivo, é o primeiro grande acordo selado durante a guerra, é uma boa notícia, inclusive para o Brasil, que tem ¼ dos fertilizantes utilizados vindos da Rússia.”
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