O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, revogou ontem o pedido de bloqueio do Telegram em todo o país, depois que o aplicativo de envio de mensagens atendeu às exigências impostas. Entre elas, as que visam combater desinformação e divulgação de notícias falsas, com a suspensão de contas que espalham fake news e selos em informações consideradas “imprecisas”.
O Telegram nomeou um representante no Brasil e o fundador do aplicativo pediu desculpas admitindo que a empresa foi negligente com a justiça brasileira. O Telegram ainda confirmou ao STF ter excluído a publicação de Jair Bolsonaro sobre as urnas eletrônicas, com dados de um inquérito sigiloso do Tribunal Superior Eleitoral, também ter excluído o canal “Claudio Lessa Oficial”, que traria desinformação e ataques à Corte, assim como os de Allan dos Santos, que tem ordem de prisão emitida pelo Supremo.
Alexandre de Moraes havia determinado o bloqueio do Telegram enquanto não houvesse o cumprimento de pendências judiciais. O presidente Jair Bolsonaro que usa um canal da empresa para falar com apoiadores, classificou a suspensão como inadmissível e ilegal. A Advocacia-Geral da União entrou, ainda no sábado, contra o pedido de bloqueio, defendendo que a medida seria desproporcional já que, para alcançar poucos investigados, prejudicaria milhões de usuários, afetando ainda microempreendedores.
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